Praça Dante: Reforma dos banheiros públicos foi cara e mal feita

Quase 1 ano depois do início das obras, os novos banheiros públicos da Praça Dante foram reabertos no último dia 26 de setembro. Porém a reclamação é geral. População e servidores públicos (responsáveis pela conservação do local) reclamam do mau cheiro, de problemas de limpeza e de falta de estrutura do local.

A caixa de coleta de esgoto fica na entrada do banheiro. Antes da reforma ela ficava do lado de fora. Para quem entra no local é inevitável sentir o mau cheiro. Além disso os dez servidores que cuidam a limpeza e conservação do local não tem um espaço apropriado para deixarem os materiais nem para almoçar o jantar. Tem que comer dentro do banheiro, com mau cheiro e tudo.

A obra custou quase o dobro do valor licitado. Em maio de 2012 a FP Engenharia e Construções venceu a licitação para a obra apresentando um orçamento de R$ 66.138,55. Contudo a empresa começaria a obra quase 6 meses depois para abandonar logo em seguida (veja aqui). Em março desse ano a prefeitura prometeu a contratação de uma nova empresa em regime de dispensa de licitação. Não o fez. A Prefeitura mesmo assumiu a obra e concluiu em setembro. No final foram gastos R$ 114 mil e os banheiros ficaram quase pior do que estavam inicialmente.

Essa é mais um caso que entra no rol das obras mal feitas, em Caxias do Sul. Exemplo mais recente é o Postão 24 horas que foi construído há 5 anos e apresenta graves problemas entre eles goteiras. Junta-se a isso obras que custaram 2 ou quase 3 vezes mais do que o orçado inicialmente, como o caso do Marrecas (que ainda não está em funcionamento).

Sem falar no Viaduto Campo dos Bugres que teve que ter a via rebaixada pois foi construído baixo demais, nas obras para solução de problema de esgoto, que não resolvem o problema de esgoto (veja aqui) e por aí vai. A lista é imensa.

Por trás de tudo isso está a falta de fiscalização. Empresas de "quarta linha" vencem licitações, a prefeitura não fiscaliza, as obras atrasam, o poder público tem que assumir e no final custam mais caro e são mal feitas.

E por aí vai escorrendo o dinheiro público. Mas isso parece não importar para o poder público municipal. O importante, parece, é fazer inaugurações. O resto é o resto.

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