Sartori prepara o plano Liquida Rio Grande

Um pacote que pode ter até 30 itens está sendo gestado nos corredores do Palácio Piratini. Sem plano de governo para apresentar a população antes da eleição e sem apresentar até agora nenhuma medida concreta de como pretende governar o estado as propostas de Sartori viram, cotidianamente, foco de especulação.

Na edição de hoje, 04, do jornal Zero Hora, algumas delas foram levantadas. O curioso é que algumas soluções foram extremamente criticadas pela hoje bancada governista, quando ela estava na oposição.

A dúvida do governador é apenas uma. Enviar tudo num pacote ou aos pouquinhos. O receio: Sartori teme que o mesmo que aconteceu no Paraná, com Beto Richa (PSDB), aconteça no Rio Grande do Sul. O governador tucano enviou um projeto muito parecido com o de Sartori para a Assembleia Legislativa paranaense. O resultado foi uma greve gigantesca e milhares de pessoas nas ruas protestando - obviamente só quem lê o Polenta News viu isso.

Banrisul 


A medida que surge com maior destaque é a venda de 49% do controle acionário do Banrisul Seguros. Essa seria, segundo o governo, a medida mais fácil e rápida para colocar dinheiro em caixa. Mas como aprendemos no passado essa medida não funciona. As privatizações venderam praticamente todo o patrimônio público gaúcho e nem por isso a situação econômica do estado melhorou.

Outra contradição é que a oposição barrou a proposta, do ex-governador Tarso Genro, de criação de uma administradora de cartões e de uma subsidiária para investimentos do Banrisul. Nos dois casos são empresas privadas que prestam serviços aos banco.

Depósitos Judiciais


O uso dos depósitos judiciais dominou boa parte do debate eleitoral, principalmente no segundo turno. Sartori afirmou que não usaria o recurso e que o governador Tarso, ao usar o recurso, estava comprometendo as finanças do estado. Pois bem, além de Sartori ter usado os recursos dos depósitos judiciais (veja aqui) em menos de 3 meses de governo, há uma proposta para que o teto de saque seja elevado para 90% para que mais recursos sejam retirados.


Aumento de impostos


Outro item das coisas que Sartori disse que não faria. Está em planejamento o aumento das alíquotas de ICMS de 17% para 18%, sem seletividade, ou seja, produtos básicos que a maior parte da população consome teriam a mesma elevação de impostos do que produtos mais elitizados.


Essa medida já foi tentada, sem sucesso, pelo governador Rigotto (PMDB) e Yeda (PSDB). Olívio Dutra (PT) propos uma mudança na matriz tributária que elevaria os impostos dos produtos consumidos por quem tem mais recursos. A proposta foi rejeitada pelo PMDB e PSDB.

Desmonte da Emater


Depois de sofrer quatro anos de penúria nas mãos da governadora Yeda, a Emater foi recuperada durante o governo Tarso que garantiu a contratação de mais de 500 técnicos para trabalhos de extensão rural em todo o estado. A proposta do governador Sartori vai na contramão dessa política. Ele propõem demitir 1000 trabalhadores da Emater. Se fizer isso a empresa será totalmente inviabilizada e atingirá de cheio a agricultura familiar gaúcha. 

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