Não sentiremos saudades

E o Pauletti não é mais professor da UCS. Bom nunca foi na verdade, nem currículo lattes ele tem. Mas mesmo assim ele era uma sombra que, de tempos em tempos, pairava sobre a UCS. Pauletti foi reitor por 12 anos (1990-2002). Elegeu-se deputado estadual em cima das pretensas realizações que ele fez na UCS e deputado federal ainda na inércia dessas mesmas supostas realizações. Aí a magia acabou.

Quando foi reitor a UCS cresceu, com certeza, mas não por responsabilidade de sua brilhante gestão, muito antes pelo contrário. A UCS crescia porque era a única universidade da região. Crescia porque tinha um plano de expansão criado pelo José Clemente Pozzenatto. Crescia porque incorporou duas instituições regionais a Fervi, de Bento Gonçalves e a Associação Pró-Ensino Superior dos Campos de Cima da Serra, de Vacaria. Isso começou a mudar no começo dos anos 2000 com o surgimento de novas instituições de ensino superior em Caxias. Nesse tempo a máscara caiu. A gestão da reitoria já enfrentava crises e o número de bajuladores (hoje as/os viúvas/os do Pauletti) aumentaram significativamente nos cargos de ponta.

Como político Pauletti demonstrou sua verdadeira face: conservador retrogrado. Como candidato a prefeito, em 2004, estava muito mais perto da ideologia da TFP do que do próprio PSDB. Rancoroso, raivoso e com pouca noção de realidade social o Pauletti ainda agrada a uma parcela pequena, mas que cada vez tem menos força, tanto que não o reelegeu.

No final de 2010 ele ainda dizia bravatas que tinha convites para entrar no governo Serra, Aécio ou Alckmin, ou de qualquer outro tucano de menor plumagem. Parece que os convites não vieram e ele voltou para Caxias tentar uma vaga na UCS. Na tentativa desesperadora de que a população quisesse sua volta à UCS, jogou a ideia na mídia. Mas ele já sabia que seria aposentado compulsoriamente pela instituição. Isso era um fato. Seria por já ter alcançado os 70 anos, e a UCS vem fazendo isso para quase todos os professores, ou seja pelo processo onde ele pede R$ 800 mil de indenizações trabalhistas (e já perdeu em todas as instâncias até aqui).

A população não saiu em sua defesa, nem seus protegidos de outrora. Agora cabe ao ex-reitor e ex-deputado o ostracismo da história. Nada mais justo.

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