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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Não tô entendendo...

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Nesse domingo a Zero Hora fez uma extensa reportagem sobre os problemas da saúde no nosso estado. A constatação do periódico pasme: “O Estado investe menos do que deveria em saúde”. Essa afirmação caiu como uma bomba quando eu li. Finalmente a Zero Hora descobriu isso. Sim, porque durante 8 anos ela tem esquecido, ou relevado aos rodapés das páginas esse fato. A matéria traz um comparativo de investimentos entre todos os estados. O RS é o laterna com 7,2% da receita líquida em impostos e transferências. O Amazonas investe 3 vezes mais! Segundo a reportagem o rombo entre 2004 e 2009 seria de R$ 3,7 bilhões. Esse foi todo o dinheiro que deveria ser investido na saúde gaúcha e não foi. O que a reportagem não menciona é que nesse período o estado foi governado pelo Germano Rigotto (PMDB)   e Yeda Crussius (PSDB). Incrivelmente eles não são citados pela matéria. Apenas o secretário de saúde do governo Yeda, Osmar Terra (PMDB), que ainda vivendo na esquizofrenia do governo anterior custa a

Tirando da tomada

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No desespero para tentar evitar os protestos que paralisam o Egito há 5 dias. O ditador presidente Mubarak puxou a tomada e tirou a internet do ar, em todo país, no dia 27. Para quem não sabe as manifestações eram organizadas, principalmente, usando a internet (twitter e facebook) e mensagens de celular. A atitude do governo tinha, portanto, o objetivo de impedir o que era chamado de “Dia da Ira”, uma grande manifestação espalhada por várias cidades do país. Mas como se “desliga” a internet de um país de 80 milhões de habitantes? Não tinha nenhuma grande alavanca onde o Mubarak pudesse gritar: “Igor puxe a alavanca” Mas o processo foi quase tão fácil. Segundo o site de tecnologia Gizmodo o governo simplesmente emitiu uma ordem para os servidores desligarem seus serviços. Segundo a empresa Vodafone Egypt “pela legislação egípcia, as autoridades têm o direito de emitir esse tipo de ordem e nós somos obrigados a cumpri-la”, disse em um comunicado. Simples assim? Parece que sim. Na im

O Burgueseiro

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Assim como os partidos políticos têm lado e focam seus governos de acordo com os interesses ou da burguesia ou da população trabalhadora, nossos meios de comunicação também são assim. O problema é que, infelizmente, para a maioria dos telespectadores, ouvintes e leitores, a mídia  que se tem acesso é a mídia burguesa. Ouvimos a Rádio Viva, assistimos à RBS/Globo e lemos O Pioneiro. É o que chamaremos nesse blog de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Iniciando nossa análise em Caxias do Sul, basta observarmos nosso jornal líder de notícias burguesas: O Burgueseiro. Às vezes, chego a me contorcer ao ler as preocupações que afligem a maior parte da população pobre e trabalhadora que são refletidas no jornal: o pedágio, sempre o pedágio (a maioria da população sequer sabe onde ficam os tais pedágios tão criticados pelo “Mirante” – eles não têm carro!); a Rota do Sol (a maioria dos trabalhadores, infelizmente, não pode desfrutar suas férias – quando as têm – na praia); as ruas mal cui

Ninguém sentirá falta

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Desde o dia 5 de janeiro, quando venceu o contrato entre a Prefeitura e os proprietários do McCafé, o espaço que a empresa ocupava junto a Casa de Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima está vazio. A secretaria de cultura disse que não há interesse na renovação do contrato. Isso é uma boa notícia. Eu não sei se o café era bom. Dizem até que era. Mas foi um equívoco descomunal colocar uma franquia de fast food num centro de cultura. Equívoco porque essa franquia representa, na essência, a homogeneização. Nada deveria ser mais contra a cultura (não confundir com contracultura) que a homogeneização. Ponto a favor para a decisão da secretaria. Só que a mesma decisão traz um ponto negativo, na minha opinião é que o mesmo espaço será ocupado por uma “espécie de showroom para todo tipo de produção: literária, musical, artes visuais, plásticas” nas palavras do Secretário da Cultura, Antonio Feldmann, ao jornal O Caxiense. Esse espaço será montado em parceria com o Navi (Núcleo de Artes Visuais

Instituições fluminenses repudiam reportagem da Veja

NOTA CONJUNTA DE REPÚDIO O PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, A OAB/RJ, POR SUA 9ª SUBSEÇÃO, O MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO, O DIRETOR DO IML-AP/RJ E O DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DE NOVA FRIBURGO, vem apresentar nota conjunta repudiando a matéria publicada na Revista Veja, edição 2200, ano 44, nº 03, de 19 de janeiro de 2011, em especial, o conteúdo do último parágrafo de fls. 54 até o primeiro parágrafo de fls. 56, em razão de seu conteúdo totalmente inverídico, conforme será esclarecido a seguir: 1) Inicialmente, cumpre esclarecer que em momento algum os corpos da vítimas fatais ficaram sobrepostos uns sobre os outros no Instituto de Educação de Nova Friburgo, local em que foi montado um posto provisório do IML, em razão da catástrofe que assolou toda esta região, mas sim acomodados separadamente lado a lado no ginásio do Instituto; 2) O acesso ao referido

Quem somos

Michel Mafessoli em seu livro “Apocalipse: Opinião pública e opinião publicada”   faz uma análise de mídia na atualidade e conclui que hoje a   mídia julga, condena, reclama autoridade e autoritarismo. Entretanto ela também é cheia das contradições desse moralismo politicamente correto feito sob medida para adular uma audiência conservadora e manter em atividade uma imprensa conversadora. Não queremos, sob hipótese alguma sermos o farol que aponta o caminho correto para a divulgação de informações no século XXI. Queremos sim, juntamente com outros projetos semelhantes não deixar que apenas um lado da informação apareça. Com o advento das novas tecnologias ficou cada vez mais difícil distorcer uma informação. A manipulação é cada vez mais apontada por veículos independentes, principalmente baseados na rede. Infelizmente em nossa cidade não há nenhuma experiência nesse sentido. Estamos restritos a mídia comercial com mais, ou menos , compromisso com a objetividade jornalística, mas me