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A Mídia e o Golpe Militar de 1964

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Imaginem estar em suas casas naqueles primeiros dias de Abril de 1964 e ler a manchete do jornal, o que vocês esperavam encontrar? Acesse mais manchetes em F5daHistória As manchetes do Golpe Depois da revelação de que o governo americano patrocinou, com armas e dólares, a implantação da ditadura de 64, um pesquisador se deu ao trabalho de coletar e divulgar na internet uma lista das manchetes e editoriais dos principais jornais brasileiros a partir de 1º de abril de 1964. Confira: De Norte a Sul vivas à Contra-Revolução “Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas” (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 1º de Abril de 1964) “Multidões em júbilo na Praça da Liberdade. Ovacionados o governador do estado e chefes militares. O ponto culminan...

Congresso anula sessão que afastou Jango e abriu caminho para o Golpe de 1964

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A sessão do Congresso Nacional, na madrugada de hoje, declarou nula a sessão de 1º de abril de 1964, que declarou vaga a Presidência na República, que era ocupada pelo presidente João Goulart, o Jango. A sessão, presidida pelo senador paulista, Auro de Moura Andrade, criou a condição política para a instalação da ditadura militar no Brasil que se estendeu até 1985. No dia em que a presidência foi declarada vaga, Jango encontrava-se no Rio Grande do Sul. A proposta, de anulação, foi iniciativa dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL/PA) e Pedro Simon (PMDB/RS). Eles afirmaram que a declaração de vacância da Presidência foi inconstitucional, porque a perda do cargo só se daria em caso de viagem internacional sem autorização do Congresso, e o presidente João Goulart se encontrava em local conhecido e dentro do país. "Em poucos minutos, sem discussão, Jango foi usurpado do cargo de presidente da República, num ato unilateral do então presidente do Congresso Nacional, Senador A...

Ex deputado afirma que foi torturado na presença de empresários da Fiesp

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Carlos Araujo fez ontem uma corajosa e inquietante denúncia, “Eu mesmo fui torturado na presença de empresários da Fiesp. É uma coisa sádica. Além de financiarem a Oban (Operação Bandeirantes) e o DOI-Codi, ainda assistiam às torturas. Eles se envaideciam com isso”. O ex-deputado coloca fundo o “dedo na ferida” da ditadura militar ao atestar que não foi apenas o Estado brasileiro responsável pela repressão e pela tortura, mas que o apoio das corporações empresariais foi fundamental para tal. Pode-se imaginar que o dinheiro para financiar tal atos de selvageria não chegavam por meios legais e, com certeza, não chegavam na sua totalidade ao “seu destino”. A situação relatada por Araujo, porém não é desconhecida. A Operação Bandeirante (OBAN), que contava com financiamento de importantes conglomerados brasileiros: Grupo Ultragás, Ford, GM, Grupo Camargo Corrêa, Grupo Objetivo, Grupo Folha, Amador Aguiar (Bradesco), entre outros, operou por 10 anos, caçando e torturando os “inimi...

O trágico legado do golpe militar

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No dia 1º de abril de 1964 João Goulart, um presidente legítimo do país, foi deposto por um golpe militar que dominaria a vida pública brasileira por 21 anos. Quase mais rápido que a velocidade da luz os meios de comunicação da época, a elite econômica e os setores mais reacionários saíram em apoio aos usurpadores do governo. Além da democracia, da liberdade de expressão, do direito a manifestação e mesmo o direito de falar mal do governo (que hoje todo mundo tem), o golpe militar destruiu o Estado brasileiro enquanto instituição. Grande parte dos esquemas de corrupção que estão enraizados, até hoje, na república, foram plantados durante o regime militar principalmente na segunda fase dele. Como não havia controle externo do poder executivo ao serem lançados projetos de grandes, e até mesmo pequenas, obras públicas, foi sendo criado uma rede de favorecimento para empreiteiras e atravessadores que faziam as “pontes” com o militar de plantão. Nas capitais, áreas de segura...