Mais um caso de favorecimento privado na Prefeitura de Caxias do Sul

Parece que a política do favorecimento impregnou profundamente nos corredores da Prefeitura de Caxias do Sul. Em julho houve uma denuncia que a presidente da FAS, Maria de Lurdes Grison, contratava a empresa de informática do filho para prestar serviços à fundação. (veja aqui). Tiveram que chamar o Frei Jaime Betega para tentar salvar o pescoço de Gison e justificar o mal uso do dinheiro público. Para evitar maiores polêmicas ela foi passar férias no Caribe. E não se falou mais disso.

Agora, a bola da vez, é a Secretária de Obras e Serviços Públicos, Celso Empinotti, homem de confiança do prefeito Sartori. Segundo a denúncia feita pela vereadora Denise Pessoa (PT) e publicada na edição de hoje do Pioneiro, a ex-servidora e hoje Cargo de Confiança, CC, da prefeitura, Marta Elena Todero Sartor, estaria contratando a empresa, que é propriedade de seu marido, de seu pai e irmão, para a prestação de serviços à prefeitura.

A Todero Comércio de Materiais e Equipamentos Ltda, recebeu por serviços prestados, a maioria por dispensa de licitação, quase R$ 1 milhão desde 2009. O que causa estranheza, segundo a vereadora, é que a maior parte dos contratos ficaram abaixo de R$ 8.000,00, que é o limite para a dispensa de licitação.

Consultamos também o Portal Transparência da Prefeitura de Caxias do Sul e localizamos, nesse ano, 54 pagamentos para essa empresa, num total de R$ 140.913,61, apenas na Secretaria de Obras. (veja telas abaixo). O que causa-nos estranheza foi a existência de dezenas de pagamentos, no mesmo dia, 9 de setembro, por serviços prestados ou venda de mercadorias, para todas as subprefeituras. Outro detalhe é que todos os pagamentos são de baixo valor, ou seja, todos feitos com dispensa de licitação.

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Mesmo que não haja nenhuma irregularidade (meio difícil, mas vá lá), a compra de insumos não poderia ser feito em conjunto? Com isso não seria possível conseguir valores melhores? O Pregão Eletrônico não tem essa finalidade?

Provavelmente o governo Sartori venha com a justificativa que os gastos teriam que ser feitos, etc, etc. Até podemos aceitar que os gastos sejam necessários, mas não dava para fazer certo? tem que contratar a empresa do pai, marido e irmão da CC?

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