Foto inédita mostra interrogatório de Dilma

(Foto: Reprodução que consta no processo
da Justiça Militar)
O jornalista Ricardo Amaral conseguiu uma imagem inédita para seu livro A vida quer coragem (Editora Primeiro Plano), que chega às livrarias na primeira quinzena de dezembro. Nela está a futura presidenta da república, Dilma Rousseff, sendo interrogada na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro.

Esse fato retratado aconteceu há 41 anos atrás e, antes dessa audiência, Dilma ficou 22 dias presa, sem nenhuma acusação formal, e ainda foi brutalmente torturada.

Na foto ela encara seus algozes. Seu semblante é até desafiador como se ela dissesse, “vocês podem tirar minha liberdade, mas não minha dignidade”. Ao fundo, seus acusadores, tapam o rosto. Talvez fosse um ato para não serem identificados. Acho difícil já que essa imagem era confidencial. Parece que eles não conseguiam encarar, nos olhos, uma mulher, de apenas 22 anos, que a tortura não conseguiu dobrar.

Onde estão hoje esses homens que cometeram essas atrocidades? Provavelmente escondidos em algum canto. Coube a história e a luta de milhares de pessoas não dar relevância nenhuma aos seus atos.

Agora, depois de promulgada a Comissão da Verdade, mais e mais imagens como essas começarão a vir a público. Nesse ponto começará a ficar evidente quem eram os vilões da história. Por 21 anos um bando de generais recrutaram todos os psicopatas que surgiam a sua frente para garantir a “liberdade do país”. Esses militares além de privarem o país da mesma liberdade que apregoavam, atrasaram o desenvolvimento do Brasil em décadas, com suas ideias mirabolantes e seguindo a cartilha liberal internacional.

É mais do que necessário que a história faça como a moça dessa imagem, hoje presidenta, que encarou com altivez quem tinha, o poder naquele momento, de decidir a sua vida. Vamos lá Brasil, encare a verdade. Só tem medo da verdade quem está errado e sabemos quem estava errado nessa história.

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