TV Caxias terá bens leiloados

Ontem foi realizada a segunda rodada de leilão de 3 equipamentos da TV Caxias Canal 14. Os bens foram para leilão por conta de uma dívida trabalhista, que como não foi paga, teve esses equipamentos penhorados pela justiça.

No primeiro leilão, realizado no dia 12 de março, não houve interessados. Segundo Ricardo Rech, que é credor da TV Caxias, os equipamentos são ultrapassados e estavam com um preço de venda muito caro. Não sabemos se o leilão de ontem conseguiu vender algum equipamento.

Em sua página do Facebook, Ricardo diz que há outros processos na Justiça do Trabalho, que a direção da TV Caxias fez acordo e não está cumprindo com os pagamentos, portanto, mais penhoras e leilões ainda poderão acontecer.

Já não é novidade que a situação financeira da TV Caxias é complicada. Recentemente foi feito um movimento por parte de sua direção de atrair algumas figuras públicas para serem âncoras de programa, e com isso, atrair recursos. Outra ação é a veiculação de programação da TVE, da TV Assembleia e da TV Brasil, como forma de diminuir os custos de geração de conteúdo local.

A história do canal comunitário de Caxias do Sul é daquelas que quando começa torta nunca se endireita. Ela nasceu com um grupo de oportunistas que viram nisso uma oportunidade de ganhar dinheiro e chegaram a "criar" entidades para que pudessem registrar a associação. Depois ela passou por vários problemas internos, houve a criação de duas entidades, a justiça mandou unificar e agora ela tem um peso muito forte de sindicatos ligados ao PCdoB.

Mesmo assim a TV Caxias tem uma programação muito superior as outras TVs Comunitárias. É uma pena que ela sofra com uma má gestão administrativa que pode comprometer a situação financeira da TV e até recair sobre as entidades sócias. Quanto as críticas em relação a intervenção política todas as redes de TV do Brasil (Globo, Record, Band,...) tem forte intervenção política em seus editorias, mas como eles são os "donos da notícia" isso não é questionado. Nossa opinião é que deva existir meios de comunicação que divulguem os contrapontos e os "outros lados" da notícia. Isso sim é garantir a liberdade de imprensa e não da de "empresa".

O leilão foi feito pela Raota Leilões. Abaixo os bens que estavam penhorados e que tinha Paulo Claudir Sausen, como fiel depositário.




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