Crise no Sine Caxias é resultado de falta histórica de investimentos

Longas filas são o resultado de 8 anos de falta de
investimentos do governo estadual
A partir de 1º de agosto a agência do Sine (Sistema Nacional de Emprego) de Caxias do Sul, começou a atender com horário reduzido, das 8 às 14 horas. Segundo explicou o coordenador da agência, Antonio Pescador, que já era coordenador durante o governo Yeda, a situação é resultado do fim dos contratos dos terceridos e a não nomeação, ainda, dos concursados. Isso já começou a gerar enormes filas com pessoas passando a madrugada na espera por uma ficha de atendimento. Também gerou declarações de oportunistas de plantão.

A questão dos problemas de atendimento do Sine, porém, é mais antiga do que 1º de agosto desse ano. Nos últimos 18 anos, apenas durante o governo Olívio Dutra, houve um investimento forte na consolidação da agência local de emprego.

Um do palpiteiros que criticaram a situação foi o vereador Mauro Pereira (PMDB) que foi coordenador durante o governo Britto. Ele pediu, em plenário, que o Ministério Público intervisse na situação. Porém Mauro Pereira não lembra, que durante o governo Britto a Fundação Gaúcha do Trabalho, que mantem as agências, ia ser extinta e o programa seria extinto. O Sine funcionava em uma sala alugada e, inclusive, tinha sido despejado por falta de pagamento de alguel alguns anos antes.

Durante o governo Olívio Dutra (PT) o Sine ganhou mais prestígio. Ele saiu da sala alugada ocupou um prédio público (agência atual) e ainda abriu mais uma agência. Para contornar a falta de pessoal dobrou o número de servidores (por meio de contrato terceirizado). Porém durante o governo Rigotto (PMDB), a segunda agência foi fechada e os investimentos escassearam. Como os servidores públicos, concursados, estão todos aposentados, o número de pessoas para realizar os atendimentos foi reduzindo cada vez mais.

Durante o governo Yeda o caos se instalou. Como não havia nenhum interesse que o Estado estivesse a serviço da população, a agência foi deixada às moscas. E isso aconteceu em um momento de pleno emprego onde o Sine deveria cumprir um papel fundamental principalmente na qualificação profissional.

Agora no governo Tarso a situação só mostra seu lado mais perverso. Depois de 8 anos de descaso o custo social, dos desgovernos Rigotto e Yeda é muito alto. Sem servidores, com um coordenador pouco presente, quem paga o preço é o cidadão.

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