Venda institucional favorece mais de 2 mil produtores de uva na Serra Gaúcha

Foto: Andrea Farias/MDA
A compra de 5,5 milhões de litros de suco de uva por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, beneficiará 2.066 agricultores familiares da região da Serra Gaúcha. O contrato de R$ 16,5 milhões vai ajudar no escoamento dos excedentes de produção da Serra Gaúcha e regiões próximas. Na localidade, maior produtora de uva do país, são produzidos cerca de 300 milhões de litros de vinho e mostos por safra.

O contrato, em execução desde janeiro, inclui oito cooperativas, cadastradas no PAA, das cidades de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi, Flores da Cunha, Antônio Prado, Farroupilha, Santa Tereza, Monte Belo, Pinto Bandeira, Nova Pádua, Ipê e Nova Roma. O produto está sendo doado para entidades assistenciais – nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná –, determinadas pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), responsável pela compra.

Resultados para o produtor

Entre os agricultores beneficiados com o contrato, está Edgar Sinigaglia, 58 anos. É a primeira vez que o gaúcho participa de uma venda institucional para o PAA. Para ele a experiência está sendo muito positiva. “É uma maneira de garantir o fluxo da produção, dar um destino às frutas”, afirma.

Na propriedade que administra em Bento Gonçalves (RS), ele produz cerca de 60 toneladas de uvas por ano. Em algumas ocasiões, como na última safra, não consegue vender toda a produção, o que compromete o espaço que ele tem para armazenamento. “Se a área não for liberada, prejudica a safra seguinte”, conta. Com a venda para o PAA, o problema foi resolvido e a próxima safra poderá ser cultivada normalmente.

Nascido e criado em colônia de agricultores, Edgar aprendeu ainda criança a lidar com a terra. Para ele, sair do meio rural não é uma opção, principalmente porque nos últimos anos ficou mais fácil permanecer no campo. “Hoje você tem muito mais alternativas. O governo nos dá inúmeras oportunidades para adquirir maquinários e fazer financiamentos com longo prazo e custo mais baixo”, aponta.

Entre os principais aliados do agricultor, está o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As linhas de investimento e custeio são acessadas com frequência para o cultivo e para melhorar a infraestrutura de produção. “Acho que não daria para viver se não fosse isso. Se tivesse de pagar juros altos, não vejo como o agricultor familiar poderia sobreviver. Com certeza as coisas estão facilitadas”, analisa.

A perspectiva agora é aumentar a produção, pois há uma tendência de crescimento no mercado. Além de produzir uvas e vender mudas de parreira, ele planta maçãs e caquis. Técnico em agricultura, com pós-graduação em ciência ambiental, Edgar é a inspiração dos filhos que cursam agronomia e enologia* e pretendem dar continuidade ao trabalho desenvolvido na propriedade.

Fonte: Assessoria Comunicação Ministério do Desenvolvimento Agrário

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