Haitianos e Senegaleses: Caxias da diversidade?

Foto: Assessoria Denise Pessôa
É visível que centenas de  imigrantes haitianos e senegaleses se instalaram na cidade nos últimos anos. São pessoas sofridas, que se refugiam de situações de extrema miséria humana.

O Haiti, foi o primeiro país no mundo a abolir a escravidão, em 1794 e o segundo país das Américas a se tornar independente. Como forma de retaliação, os países europeus mantiveram o Haiti sob bloqueio comercial por 60 anos. Mesmo com uma história revolucionária, o Haiti  sempre foi um país paupérrimo, cuja situação de miserabilidade se aprofundou após o terremoto catastrófico que destruir o país em 2010. Desde então, milhares de haitianos se refugiaram no Brasil em busca de uma nova vida.

Já o Senegal se tornou independente apenas em 1960 e, apesar de ser um dos países mais estáveis da África, ainda está longe de erradicar a  miséria e de ter um crescimento econômico satisfatório.

Mas enfim... o que interessa é que essas pessoas negras, sofridas, esperançosas por uma nova vida estão aqui. E o que nós, caxienses temos a ver com isso? Tudo! Afinal, eles, assim como nós, são livres e legítimos para buscar uma vida mais justa e feliz.

Porém, em Caxias, o Governo e a FAS (Fundação de Assistência Social) parecem não enxergar um sério problema social que se avizinha. Esses imigrantes que se encontram na cidade já estão enfrentando dificuldades para s adaptarem, para encontrar empregos e moradia. Eles dependem, hoje, estritamente do atendimento voluntário de associações. O município não tem nenhum plano, nenhum programa dirigido a essas pessoas. Se nada for feito, essas pessoas estarão fadadas a virarem moradores de rua e aí sim enfrentar as mesmas, ou piores dificuldades que passaram em seus países.

Não adianta fugir, não adianta fechar os olhos para uma questão social que está embaixo dos nossos narizes. Ninguém simplesmente é ou pertence a determinado lugar.

Uma sugestão à FAS que alega não ter onde dar abrigo para esses imigrantes: que tal a casa que foi alugada no Bairro 1º de Maio, que seria destinada ao Abrigo Sol Nascente e, por falta de espaço está desocupada?

Isso mesmo! A FAS está pagando aluguel por uma casa que não está utilizando. Simplesmente porque foi incompetente na hora de calcular se o seu tamanho seja suficiente para abrigar as crianças do Abrigo que hoje se localiza no Cinquentenário.

Quanta incompetência!

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