A terceirização que achata os direitos dos trabalhadores

Campanha da CUT contra a terceirização
Nesta terça-feira (21/01) , cerca de 25 funcionárias de escolas estiveram presentes à sessão da Câmara de Vereadores para protestar contra a empresa Job, vencedora da última licitação para contratação de serviço terceirizado de limpeza nas escolas da rede municipal.

As trabalhadoras reclamam que a empresa não fornece materiais para o trabalho, não aceita atestados médicos, e paga auxílio alimentação e vale-transporte com valores inferiores ao do mercado. A Prefeitura, mesmo ciente de tais problemas, permitiu que a empresa participasse do processo licitatório.

Essas reclamações não são privilégio somente desta empresa. A afronta aos direitos dos trabalhadores, principalmente no que diz respeito à valorização econômica do trabalho dos profissionais de limpeza é recorrente em praticamente todas as empresas terceirizadas.

Há muito tempo a Prefeitura não contrata via concurso público pessoas para trabalhar nos setores de limpeza e de serviços gerais. Isso fez com que a terceirização aumentasse bastante no município.

Recentemente a Prefeitura abriu processo seletivo para contratação de médicos, agentes de endemias e de saúde. Cargos que poderiam muito bem ser preenchidos por servidores concursados. Manutenção de vias, da rede de água e esgoto também têm trabalhadores terceirizados.

E o que a terceirização tem de mal? Terceirização é sinônimo de precarização do trabalho, de ataque aos direitos dos trabalhadores, de burla ao concurso público e de achatamento de setores historicamente subvalorizados. Além de ser uma bela mamata para diversas empresas que possuem dezenas de contratos com o Poder Público.

O que o Governo municipal de Caxias está craque em fazer é poupar dinheiro dos cofres públicos às custas dos trabalhadores terceirizados e às custas de ataques aos direitos dos servidores públicos.

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