Alceu completa hoje sua reforma de secretariado

De vagar, sem traumas, e com muitas saídas "por motivos particulares", o governo Alceu Barbosa Velho (PDT) conduziu uma mini reforma do secretariado.

A mudança mais importante, e que se efetivará hoje, é a da Chefia de Gabinete. Sai Manoel Marrachinho (PTB), entra Edson Néspolo (PDT). Marrachinho mostrava-se incomodado com o cargo que segundo ele tem muitas atribuições políticas. Marrachinho, que teve cargos de confiança nos governos Mansueto (1983-1988), Vanin (1989-1992), Sartori (2005-2012) e Alceu (2013-), levou 15 meses para notar que sua função não era técnico-administrativa e sim que deveria contrabalançar os interesses de 19 partidos, muitos deles com pouca expressão política mas com muito apetite.

A volta de Néspolo serve para acalmar essa turma, principalmente os nanicos, que ameçavam pular fora para voos solos, ou com outros parceiros, nas próximas eleições. Claro que por enquanto era blefe puro, já que 10 partidos, pelos menos, tem pouco mais do que um punhado de filiados. Néspolo reforçará o caráter político do Gabinete que precisará, inclusive, fazer a bancada do seu partido (PDT) marchar ao lado do governo.

A volta de Néspolo, que havia sido preterido por Alceu, e tinha um cargo de importância menor até agora (presidente da Festa da Uva), é uma dura autocrítica que o prefeito teve que fazer. Nas entrelinhas ele admitiu que um campo tão grande de interesses difusos só é mantido coeso com muita habilidade política. Característica que ele e todo o seu gabinete não tinham.

No lugar de Néspolo, na Festa da Uva, assume o empresário Gentil Raymundo Carraro, que terá um papel secundário, apesar do belo salário, de manter a estrutura dos Pavilhões da Festa da Uva, sua principal função em funcionamento.

Marrachinho não ficará desassistido. Ele continuará no governo. Para isso sai "por motivos pessoais", Zulmir Baroni Filho da Secretária de Trânsito e Transportes para que que Marrachinho ocupe seu lugar.

Essa mudança equilibra, também, o número de secretárias de cada partido. Com a troca de Tonus, da Secretaria de Cultura, por Rubia Frizzo (PDT), o partido do prefeito havia aumento o número de secretárias que administrava.

Essas são as mudanças no primeiro escalão. Muitas outras foram operadas nos postos menores. Como já dissemos o governo vazou mais do que o Marrecas. Será que os vazamentos serão contidos?

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