Moradores do Campos da Serra protestam por saúde e transporte público

Um grupo de cerca de 300 moradores realizou um protesto na manhã de sábado no loteamento Campos da Serra. A manifestação cobrava o funcionamento da Unidade Básica de Saúde que está pronta há quatro meses. Além disso os moradores reclamavam do transporte público que é precário no bairro. 

Os dois problemas, saúde e transporte, tem sido uma constante em Caxias do Sul. Além da falta de médicos nas Unidades Básicas de Saúde, e quando eles existem o número de consultas é limitado, há a falta de profissionais, também, no Pronto Atendimento (Postão 24 horas). A falta de médicos vem se agravando ano após ano e pouco tem sido feito pelo poder público municipal.

Em 2013 a secretária, Dilma Tessari (PDT), chegou a negar 5 profissionais estrangeiros, do programa Mais Médicos, alegando que não havia falta de profissionais. Eles só ficaram na cidade por que o Ministério da Saúde insistiu (veja aqui). Além desses profissionais a cidade recebeu, recentemente, mais quatro médicos do programa, e a falta de profissionais ainda continua.

No caso da UBS do Campos da Serra o problema é também o atraso na licitação do mobiliário. A secretária de saúde argumento que não há prazo para que a licitação seja concluída. Enquanto isso a UBS vai abrir de maneira improvisada.

Transporte Público

Outra demanda que tem tirado o sono dos caxienses que precisam de ônibus. É visível que a qualidade do serviço da Visate vem piorando. Seja pela elevação da idade média da frota (o que resulta em ônibus mais velhos e que quebram mais), seja pela rotatividade de profissionais, atrasos e lotação.

Odacir, leitor do Polenta News, relatou em nossa página o que ele sente no dia a dia:
"Nos últimos dias estou presenciando diariamente discussões entre funcionários da Visate e usuários, a meu ver isso está se agravando por vários problemas de ônibus atrasado, queimas de voltas (nesse caso gera dois problemas a medida que adiantam a volta seguinte). Associando tudo isso ao despreparo dos funcionários (não estou generalizando), a falta de entendimento que os usuários têm de que deviam reclamar diretamente a empresa, e o mais grave a posição da empresa e também da prefeitura que chegou ao desplante de o secretário Zulmir Baroni Filho dizer que não há atrasos e nem superlotação."
Queixa semelhante foi feita por uma liderança comunitária do bairro Vergueiros. Ela relatou que em um único dia quebraram 3 ônibus. "Estragar um por semana até era normal mas três no mesmo dia nunca havia acontecido", inconforma-se.

Essa situação contrapõem-se aos planos do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) de incentivar o transporte coletivo. Um de R$ 59 milhões, via PAC Mobilidade Urbana, do Governo Federal, será utilizado para reestruturação dos corredores de ônibus, na área central, e para a finalização das estações de transbordo, que possibilitarão a integração tarifária.Caxias é uma das cinco cidades do Rio Grande do Sul que receberá esses recursos. Dinheiro não faltará, mas se as partes não se ajudarem vai ficar como mero discurso.

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