Lasier Martins é condenado por ofender funcionário público

O destempero verbal e o famoso "você sabe com quem está falando?" custarão caro para o candidato ao Senado Lasier Martins (PDT). Ele foi condenado, em última instância, a indenizar o agente da Polícia Federal Gilnei da Costa Carvalho por ofensas pessoais no exercício de suas funções. A ação já transitou em julgado e a indenização será de R$ 100 mil, já corrigidos.

Tudo começou quando o porta-voz das oligarquias guascas compareceu a um posto da Polícia Federal, no bairro Azenha, em Porto Alegre, para pedir dois passaportes em nome de suas filhas menores de idade. A certa altura do procedimento, o agente federal que o atendia solicitou que Lasier apresentasse seu RG, como determina a lei. Sem portar o documento, Lasier tentou isentar-se deste quesito, alegando que todo mundo sabia quem ele era. Diante da irredutibilidade do funcionário em relevar a exigência legal de apresentar a cédula de identidade, Lasier Martins rodou a baiana e surtou, passando a ofender o servidor, aos gritos.

De acordo com os depoimentos de Gilnei Carvalho e de mais duas testemunhas, Lasier proferiu frases chulas, como “Burocrata, vagabundo, filho da puta, recalcado, vai à merda”, entre outros impropérios. Não contente com o discurso injurioso no local de trabalho do agente federal, naquele mesmo dia Lasier ocupou o microfone da Rádio Gaúcha, durante seu programa Gaúcha Repórter, e passou toda a tarde difamando e achincalhando o servidor público, citando seu nome no ar.

O processo teve início em 1998, com três ações judiciais, sendo duas delas no âmbito da Justiça Federal. Duas delas acabaram engavetadas. Porém a ação indenizatória prosperou, a despeito das dezenas de recursos protelatórios impetrados pelos advogados de Lasier.

Em sua sentença, o juiz Luís Gustavo Pedroso Lacerda, da 13ª Vara Cível de Porto Alegre, fez a seguinte alusão: “Destaco que foi oportuna a menção à expressão “Você sabe com quem está falando?”, bordão infelizmente incrustado em nossa sociedade de “pessoas” e não “indivíduos iguais perante a lei”, sabiamente abordado na magistral obra do antropólogo Roberto da Matta (in Carnaval, Malandros e Heróis).”

Comentários

  1. agora ele esta no lugar certo, no senado, representando o povo do rs, depois dizem que os sul rio-grandenses são um povo politizado......

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