Dilma é reeleita com plataforma mais a esquerda


Foram 54.501.118 votos que garantiram a vitória da presidenta Dilma (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Numa das mais disputadas eleições presidenciais desde a redemocratização, a presidenta Dilma acabou se reelegendo com uma pauta muito mais a esquerda.

Já no primeiro turno ficou claro a existência de dois projetos distintos de país. Do lado de Dilma um projeto de país que cresce enquanto distribui renda, um pais das oportunidades de educação e trabalho, um pais da tolerância religiosa e de opinião. Um país que condena o racismo e a homofobia.

Do outro lado, hora representado por Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB) era o pais do sectarismo religioso, da restrição às liberdades individuais, dos agrados ao mercado financeiro e do crescimento apenas para os mais ricos.

A oposição jogou todas as fichas possíveis. Com ajuda da grande mídia tentaram, primeiro, afirmar que os protestos de junho de 2013 eram contra a presidenta. Se deram mal. Uma massa de jovens que foram as ruas no ano passado votou na Dilma, principalmente aqueles que defendiam causas das chamadas "minorias". Tentaram fazer com que a crítica ao jeito como a política está vira-se uma crítica à presidente. Falharam!

Depois veio a previsão que haveria apagão elétrico (não aconteceu). Depois diziam que os aeroportos e os estádios não ficaram prontos para a Copa (ficaram). Depois diziam que a Copa seria um fracasso (foi um sucesso - tirando a atuação da seleção brasileira). Diziam que haveria caos aéreo (não houve). Chegaram a dizer que haveria uma disparada da inflação e do desemprego (aconteceu justamente o contrário).

Tendo a revista Veja como maior instrumento da oposição, o discurso de ódio propagado por ela e pela campanha de Aécio, foi gerando cada vez mais rejeição para o tucano.

No primeiro turno o Brasil desistiu de Marina. No segundo turno deu um basta ao discurso do ódio.

Dilma se contrapôs, com clareza ao discurso de intolerância religiosa proclamado por Malafaia e outros do gênero. Assumiu a pauta dos direitos LGBT com muito mais firmeza do que em 2010. Condenou o discurso xenófobo contra negros, pobres e nordestinos. Com tudo isso atraiu uma juventude, que, no primeiro momento não votava nela.

As fotos da vitória da Dilma, em todo o Brasil, vemos negros, brancos. Vemos bandeiras vermelhas, coloridas do movimento LGBT e lilases do movimento feminista. Mas o que mais vemos é a integração dos diferentes, bem distante das turbas raivosas que defendiam o Aécio.

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