Vereadores aprovam projeto que transforma prédio do Eberle em Shopping
Com 15 votos favoráveis, 4 contra e 3 abstenções, a Câmara de Vereadores aprovou, ontem (04), um projeto de lei que permite a construção de um empreendimento de 22 mil m² na área do prédio do Eberle, no centro de Caxias do Sul. O assunto já havia rendido polêmica, na semana passada, quando ele entrou na pauta (veja aqui).
Somente agora se sabe, exatamente, o que será construído no local. Na parte interna será um edifício garagem e na esquina da Borges de Medeiros com a Sinimbu será construído um prédio comercial. Esses dois novos prédios não poderão ter uma altura maior que a base do relógio. Além disso o restante do prédios já existente será transformado em um shopping.
Esse foi um excelente negócio para a Tubocenter Incorporadora Ltda que comprou a área, por R$ 21,8 milhões, em 2012. Depois de muito debate no Compach (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural) ficou decidido que a fachada do prédio e outros elementos arquitetônicos serão preservados.
O projeto, porém, não é isento de críticas. A principal é o fato de que antes da aprovação do mesmo as obras já haviam começado. Durante a sessão de ontem a vereadora Denise Pessôa (PT), afirmou que o projeto estava sendo votado sem toda a documentação que deveria ter. "O que está se votando é o limite que se pode ter entre a preservação do patrimônio histórico e o desenvolvimento econômico. Enquanto arquiteta e vereadora, não me sinto confortável de votar a favor",afirmou.
O prédio em questão é tombado pelo patrimônio histórico. Por conta disso qualquer intervenção arquitetônica no local deve passar por análises técnicas. O que causa surpresa, bom, não causa tanta surpresa assim é que um prédio da mesma empresa teve um tratamento diferenciado, inclusive por parte do legislativo e do executivo caxiense. A Maesa, bem pertinho dali, contou com uma grande mobilização para a sua preservação e, inclusive, o Governo do Estado, que era dono da área por conta de dívidas fiscais, doou toda a área para o município. No prédio da Maesa a proposta é transformá-lo em área de cultura, convivência e de serviços públicos. No prédio da Eberle, no centro, ele será um mega empreendimento privado.
Talvez por estar em área nobre o interesse seja garantir o lucro e não o bem estar da população. Esse é o recado passado pelo governo municipal e chancelado por sua bancada.
Veja como cada vereador votou
ARLINDO BANDEIRA PP Não Votou
CLAIR DE LIMA GIRARDI PT Sim
DANIEL ANTONIO GUERRA PRB Não
DENISE DA SILVA PESSÔA PT Não
EDI CARLOS PEREIRA DE SOUZA PSB Sim
EDSON DA ROSA PMDB Sim
FELIPE GREMELMAIER PMDB Sim
FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Sim
FLÁVIO SOARES DIAS PTB Sim
GUILHERME GUILA SEBBEN PP Sim
GUSTAVO LUIS TOIGO PDT Presente
HENRIQUE SILVA PCdoB Sim
JAISON BARBOSA PDT Ausente
JOÃO CARLOS VIRGILI COSTA PDT Sim
MAURO PEREIRA PMDB Sim
NERI ANDRADE PEREIRA JUNIOR SD Sim
PEDRO JUSTINO INCERTI PDT Sim
RAFAEL BUENO PCdoB Sim
RAIMUNDO BAMPI PSB Sim
RENATO DE OLIVEIRA NUNES PRB Não
RODRIGO MOREIRA BELTRÃO PT Não
WASHINGTON STECANELA CERQUEIRA PDT Ausente
ZORAIDO DA SILVA PTB Sim
Somente agora se sabe, exatamente, o que será construído no local. Na parte interna será um edifício garagem e na esquina da Borges de Medeiros com a Sinimbu será construído um prédio comercial. Esses dois novos prédios não poderão ter uma altura maior que a base do relógio. Além disso o restante do prédios já existente será transformado em um shopping.
Esse foi um excelente negócio para a Tubocenter Incorporadora Ltda que comprou a área, por R$ 21,8 milhões, em 2012. Depois de muito debate no Compach (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural) ficou decidido que a fachada do prédio e outros elementos arquitetônicos serão preservados.
O projeto, porém, não é isento de críticas. A principal é o fato de que antes da aprovação do mesmo as obras já haviam começado. Durante a sessão de ontem a vereadora Denise Pessôa (PT), afirmou que o projeto estava sendo votado sem toda a documentação que deveria ter. "O que está se votando é o limite que se pode ter entre a preservação do patrimônio histórico e o desenvolvimento econômico. Enquanto arquiteta e vereadora, não me sinto confortável de votar a favor",afirmou.
O prédio em questão é tombado pelo patrimônio histórico. Por conta disso qualquer intervenção arquitetônica no local deve passar por análises técnicas. O que causa surpresa, bom, não causa tanta surpresa assim é que um prédio da mesma empresa teve um tratamento diferenciado, inclusive por parte do legislativo e do executivo caxiense. A Maesa, bem pertinho dali, contou com uma grande mobilização para a sua preservação e, inclusive, o Governo do Estado, que era dono da área por conta de dívidas fiscais, doou toda a área para o município. No prédio da Maesa a proposta é transformá-lo em área de cultura, convivência e de serviços públicos. No prédio da Eberle, no centro, ele será um mega empreendimento privado.
Talvez por estar em área nobre o interesse seja garantir o lucro e não o bem estar da população. Esse é o recado passado pelo governo municipal e chancelado por sua bancada.
Veja como cada vereador votou
Vereador - Partido - Voto
ARLINDO BANDEIRA PP Não Votou
CLAIR DE LIMA GIRARDI PT Sim
DANIEL ANTONIO GUERRA PRB Não
DENISE DA SILVA PESSÔA PT Não
EDI CARLOS PEREIRA DE SOUZA PSB Sim
EDSON DA ROSA PMDB Sim
FELIPE GREMELMAIER PMDB Sim
FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Sim
FLÁVIO SOARES DIAS PTB Sim
GUILHERME GUILA SEBBEN PP Sim
GUSTAVO LUIS TOIGO PDT Presente
HENRIQUE SILVA PCdoB Sim
JAISON BARBOSA PDT Ausente
JOÃO CARLOS VIRGILI COSTA PDT Sim
MAURO PEREIRA PMDB Sim
NERI ANDRADE PEREIRA JUNIOR SD Sim
PEDRO JUSTINO INCERTI PDT Sim
RAFAEL BUENO PCdoB Sim
RAIMUNDO BAMPI PSB Sim
RENATO DE OLIVEIRA NUNES PRB Não
RODRIGO MOREIRA BELTRÃO PT Não
WASHINGTON STECANELA CERQUEIRA PDT Ausente
ZORAIDO DA SILVA PTB Sim
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