Cortes de Sartori podem prejudicar início do ano letivo, adverte CPERS


Fonte: RS Urgente

O Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) manifestou preocupação nesta segunda-feira (5) com as primeiras medidas anunciadas pelo governo Sartori, que, entre outras coisas, suspendem nomeações de aprovados em concursos, contratações de servidores e congelam por um período de 180 dias o pagamento de fornecedores do Estado. Essas medidas, disse o sindicato, podem representar “a retomada de um passado de retrocessos” para a categoria. Na avaliação do CPERS, o “pacotão da austeridade” de Sartori pode inclusive prejudicar o início do ano letivo, devido à suspensão das nomeações de professores e funcionários de escola concursados, das contratações temporárias e da limitação das convocações.

As primeiras medidas do novo governo, disse ainda o CPERS, podem resultar na falta de infraestrutura das instituições escolares, como a suspensão da contratação de obras e o repasse de verbas. Além disso, existe a possibilidade de interrupção na contratação de convênios para a formação continuada dos educadores. A entidade também manifestou preocupação com o artigo 2, inciso III, que fala sobre a reestruturação do quadro de pessoal: “Onde está acontecendo a reestruturação? Ou existe uma vontade política de retomar o QPE após 180 dias? O QPE foi uma alteração do quadro de escola, aplicado a 28 anos, de forma arbitrária e desrespeitosa. Foi um momento de forte pressão psicológica para os professores”.

O CPERS anunciou que, nesta terça-feira (6) solicitará uma audiência com o governador José Ivo Sartori pedindo esclarecimentos sobre o quadro de professores e funcionários para o início do ano letivo. “Está completo ou haverá a falta desses profissionais? Também questionaremos se está dentro do programa de governo retomar o famigerado QPE. É urgente que o governo nos esclareça essas questões”, disse a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer.

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