Decreto de Sartori impede que médicos do IPE recebam por procedimentos

Cerca de 1 milhão de pessoas dependem do atendimento pelo IPE

Está suspenso por tempo indeterminado o pagamento de consultas médicas a profissionais credenciados pelo Instituto de Previdência do Rio Grande do Sul (IPE). O IPE publicou comunicado informando que as notas de cobrança transmitidas entre os dias 1º e 20 de dezembro e consultas médicas entre 13 e 31 de dezembro de 2014, que deveriam ter o pagamentos efetuados na sexta-feira, tiveram os repasses cancelados em função do decreto do governador José Ivo Sartori (PMDB), que adotou ações de contenção de gastos.

Segundo o urologista Eduardo Gastal, credenciado ao instituto, o pagamento do IPE aos profissionais já é feito em um prazo maior do que os demais convênios. O médico explicou que as consultas são pagas sempre no dia 5 de cada mês. No entanto, com relação aos procedimentos médicos, o valor repassado aos profissionais demora até três meses. Portanto, procedimentos realizados em outubro ainda não foram pagos pelo IPE.

“A gente não recebeu as consultas que foram realizadas no mês de dezembro e, provavelmente, não vamos receber nos próximos dias pelos procedimentos realizados em outubro de 2014. Há uma defasagem de pagamentos das consultas, que já é um valor pequeno e provavelmente haverá uma defasagem no pagamento dos procedimentos que já foram realizados”, explicou Gastal.

Chega a até 30% o número de atendimentos nos consultórios médicos através do convênio com o Instituto de Previdência. Na prática, a assistência não será suspensa, principalmente, em função do vínculo existente com os pacientes. No entanto, se não existir alguma solução, os profissionais poderão se descredenciar do Instituto, onde cerca de 1 milhão de pessoas recebe atendimento.

De acordo com a Assessoria de Imprensa do IPE, o diretor-presidente Valter Morigi está em compromissos durante todo o dia e, somente a partir desta terça-feira, poderá se pronunciar oficialmente sobre as consequências da falta de repasse. Em nota, a diretoria do IPE disse que solicitou à Secretaria da Fazenda que considerasse a excepcionalidade dos gastos com saúde e liberasse o orçamento, já que existe recurso em caixa para efetuar o pagamento dos serviços.

Fonte: Correio do Povo

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