Ato contra Dilma em Caxias: pouco público muito ódio

A  Brigada Militar ajudou de novo. Inflou, novamente, 
o número de participantes no ato contra a presidenta Dilma em Caxias do Sul. Mas mesmo assim o movimento esvaziou. Segundo a Brigada Militar 4,5 mil pessoas estiveram presentes na Praça Dante Alighieri nesse domingo (o Polenta News avaliou não mais de 2 mil participantes), contra os 60 mil (avaliamos que foram 15 mil) que a Brigada disse que participou no dia 15 de março.

O que não foi diferente dos dois atos foi o sentimento de ódio. Embora os organizadores e a imprensa tenham classificados como “pacíficos” de pacíficos eles não tinham nada. Em palavras de ordem e cartazes estavam presentes frases, até de baixo calão, que não deveriam ser lidas ou ouvidas pelas crianças que estavam presentes.

Junta-se a isso um grupo que distribuía panfletos, vestidos com roupas camufladas, pedido a intervenção militar. Para esse grupo a contradição de pedir, numa democracia, que a democracia seja extinta, parece que não é assimilada.

Para terminar a maior parte do movimento exige o fim de um partido político, o PT, que demonstra claramente que o movimento não tolera uma sociedade que seja democrática.

Outro fator que foi igual ao ato do dia 15 de março é o perfil do público. Brancos, classe média alta. Chegaram de carro. Os ônibus dos bairros populares estavam praticamente vazios.

Um dos líderes do movimento, Beto Maurer, tentou justificar o pequeno público: “Sabiamos que o jogo do juventude enfraqueceria o movimento”. Parece que Maurer acredita que a consciência política de seus liderados é tão fraca que um jogo de futebol faz as pessoas esquecer os problemas do país.

Brasil afora os atos registraram todos um público muito menor. Mas sobrou dinheiro. Todos os atos nas capitais tinham trio elétricos. Em Porto Alegre chegou-se ao cúmulo de um helicóptero de som sobrevoar toda a zona sul da capital para divulgar o ato. 

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