Depois dos 11x0 no STF, Cunha vê sua bancada debandar

Mauro Pereira era frequentador assíduo do gabinete de Cunha
O outrora todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) está vendo seu poder e influência sumir depois que o STF o afastou do cargo de presidente.
Cunha já chegou a ter uma bancada fiel com cerca de 150 deputados (do mais variados partidos), hoje esse número já seria de menos da metade.

Mesmo assim ele continua tentando exercer influência no plenário da Casa. Ele trabalha agora em duas frentes. A primeira é salvar o seu mandato. O STF julgou que apenas a Câmara pode cassar seu mandato. Essa frente é no Conselho de Ética que está julgando uma ação contra ele por quebra de decoro. Cunha tentaria ali uma pena branda, como uma advertência.

A segunda frente é tentar eleger seu sucessor para a presidência da Câmara. André Moura (PSC-SE), Jovair Arantes (PTB/GO) e Rogério Rosso (PSD/DF) são nomes de aliados de Cunha que ganham visibilidade.

Um "cunhista" linha de frente, o deputado caxiense Mauro Pereira (PMDB/RS) é um dos que traiu o antingo líder. "Sempre afirmei que era preciso aguardar a posição do Supremo e respeitar o direito à ampla defesa. A decisão, agora, está tomada", afirma um resignado Mauro.

Restou dois "pit-bulls" na Tropa de Choque de Cunha. Paulinho da Força (SD/SP) e Beto Mansur (PRB/SP). Os fies escudeiros lideraram um movimento para uma nota de apoio ao presidente afastado e de repúdio ao Ministro do STF, Teori Zavaski. Os dois deputados são envolvidos em inúmeras denúncias, investigações e Paulinho da Força é condenado em esquemas de corrupção.
Na próxima semana é que saberemos com será a movimentação dos deputados. Waldir Maranhão (PP/MA) assumirá o cargo de presidente da Câmara (ele é o primeiro vice) e seu batismo de fogo será na terça-feira quando há sessão deliberativa.


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