A crise do Poder Judiciário
Uma das grandes polêmicas desse final de ano, e que, apesar de ter sido divulgada, não recebeu a preocupação que merecia, foi a decisão do STF de impedir que a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, continuasse as investigações que vinha fazendo, sobre as movimentações financeiras, atípicas, de dezenas de juizes e servidores do judiciário de São Paulo. Essa ação partiu das entidades de representação dos juizes. Numa demonstração de puro corporativismo, os responsáveis por julgar cidadãos comuns, como eu e você, impediram que eles mesmos fossem julgados, ou investigados. Para tratar desse tema, que é um pouco confuso, reproduzimos o texto abaixo de Roberto Amaral, que é cientista político, ex ministro e escreve para a Carta Capital ( veja aqui a publicação original ). “Quando Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, resolveu, meses atrás, declarar em alto e bom som que ‘havia bandidos escondidos atrás da toga’, não foi, evidentemente, uma ...