O mito do povo trabalhador e machismo nas eleições do RS
Por Vanessa Gil, Paula Cervelin Grassi, Raquel Duarte, Cíntia Barenho* O Brasil é um país formado por um histórico de imigrações. Primeiro a forçada, através da escravização de seres humanos vindos da África. Depois, por europeus que viam nesse país de dimensões continentais a possibilidade de uma vida longe da fome, da miséria e de todas as marcas da violência impostas pelo desemprego do século XIX e mais tarde por duas grandes guerras. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, para instalar os europeus que viriam substituir o trabalho escravo, os Kaingangs foram expulsos da região da Serra. Não foi um processo fácil para nenhum dos envolvidos. Ninguém atravessou o Atlântico porque gostava de papagaios. Atravessaram porque suas condições materiais assim exigiam. Encontraram um país que se estruturou sobre a escravidão e o foi o último a aboli-la. Aqui, trabalho era coisa de negro, e, por consequência, de pobre. Só uma coisa era menos nobre do que trabalhar, ser negro/a. Negro/a e...
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