Retrospectiva 2012 - Parte 2

Abril
Festa da Uva - Depois do barraco da escolha das soberanas, da divulgação mal feita, da decoração de gosto duvidoso e da embaixatriz impedida de desfilar, a Festa da Uva ia colecionar mais escândalos. Dessa vez foi com a contratação, por quase o dobro do valor, de banheiros químicos para o parque de exposições e para o desfile no centro. Também ficou-se sabendo que quem fiscaliza a aplicação do dinheiro é quem gasta ele. O orçamento da Festa foi de R$ 14 milhões, cercado de muito sigilo.

Água - A taxa criada para o Fundo Municipal de Recursos Hídricos, ou taxa Sartori, foi considerada ilegal pela justiça. Não cabe mais recurso, porém a prefeitura, até agora, nem pensou em devolver o dinheiro cobrado ilegalmente.

Eleições 2012 - Momentos de definição e de rachas. O PMDB atropelou Mauro Pereira, que defendia candidatura própria. O PP atropelou Ricardo Golin (foto), que não queria coligar com Alceu. Golin se afastou do partido e agora procura outra sigla. E uma primeira pesquisa de intenção de votos, que trazia Marisa Formolo como candidata do PT mostrava a disputa em empate técnico.

Câmara de Vereadores - Os vereadores aprovaram, por unanimidade um projeto de lei, do vereador Rodrigo Beltrão (PT), que torna a agricultura ecológica prioridade na política pública de agricultura do município.  Por outro lado a mesa diretora da Câmara, comandada pela vereadora Geni Peteffi (PMDB) apresentou uma proposta de reajuste de 25% para os vereadores, prefeitor, vice e secretários. A proposta foi rejeitada com apenas um voto favorável do vereador Eloi Frizzo (PSB). Ao final do ano os vereadores aprovariam um reajuste de 6%, a inflação do período.

Maio

Eleições 2012 - O PSDB racha com o DEM de Corlatti e fecha com o Alceu. O PTB fica em cima do muro. Antes de tomar a decisão de apoiar cogitou-se lançar Mansueto Serafini Filho (foto) como candidato a prefeito do partido. O PV anuncia apoio ao PT, não sem antes haver uma intervenção da direção estadual na direção municipal. No final do mês nos perguntavamos se novas surpresas poderiam aparecer. Mal sabiamos que as eleições seriam muito, mas muito agitadas.


Caso Paese - O vereador Paese admitiu que falsificou atestados médicos, renunciou, quis voltar. Nesse meio tempo uma comissão processante avaliou o caso e por 2 votos a 1 decidiu que ele teria que ter seu mandato cassado. Mas esse não era o fim da história. Pedro Incentri (PDT), vereador que assumiu com a renuncia de Paese, era o relator do processo. Ele decidiu, por conta própria mudar o parecer de perda do mandato para arquivamento. Foi pego no flagra, afastado da relatoria e outro relatório foi feito. Acuado e na tentativa desesperada de salvar a pela do colega da partido, agrediu a socos o vereador Rodrigo Beltrão, que era presidente da Comissão. No final da história a bancada governista garantiu que tudo acabassem e pizza.

Transporte - Sem muito alarde a prefeitura questionou, na justiça, a constitucionalidade do Projeto de Lei, sancionado pelo Prefeito Sartori (PMDB), que garantia passa livre para pessoas entre 60 a 65 anos. Inicialmente a imprensa tratou o caso como um casualidade. Somente o Polenta News divulgou a verdade desde o início, que fo a prefeitura quem pediu a inconstitucionalidade. Os outros veículos só divulgaram essa informação 3 dias depois. A prefeitura ganhou a ação. Por enquanto ainda há o passe livre, que foi garantido por decreto, para não pegar mal durante as eleições.

A ampliação do sistema de estacionamento rotativo pago começava a funcionar e questionavamos: Como com o aumento de vagas e o valor menor a FAS receberia menos dinheiro da Rek Park? Essa pergunta está até hoje sem resposta.

Meio Ambiente  - Uma das palmeiras imperiais podada irregularmente por Gelson Palavro, CC da Prefeitura, morreu. A secretaria do meio ambiente prometeu um multa maior no caso de morte. Saber se Palavro realmente foi multado, aí é outro problema.

Junho

Polícia - Um número crescente de denúncias de violência policial nos fez questionar uma declaração do então comandante do CRPO/Serra. Por puro corporativismo ele tentava proteger os maus policiais. Obviamente os casos não passaram impunes aos olhos do comando da Brigada Militar. O importante é que de lá para cá rarearam as denúncias e a polícia começou a cumprir seu papel de fato.

Eleições 2012 - O PT define a chapa para prefeito. Depois das saídas de Pepe Vargas e Marisa Formolo. Marcos Daneluz e Justina Onzi são confirmados como nomes da majoritária. O PTB também se decidiu pró Alceu. Mais partidos se aliariam a Alceu, porém o "motivo" foi uma incrível distribuição de cargos de confiança da prefeitura. Foi o caso do PSL (foto) que no dia seguinte a anunciar apoio ao candidato governista ganhou um CC. Isso iria virar rotina.


Prefeitura - O governo Sartori teve uma nova vitória contra os embargos as obras do Marrecas, entretanto o desembargador, ao votar favorável a demanda do governo de um grande puxão de orelha no poder público que não cuidou em nada de proteger o meio ambiente. Na saúde um levantamento feito pelo Polenta News demonstrou que a prefeitura de Caxias do Sul investe, com recursos próprio menos do que propagandeia. Quase metade do que é investido em saúde, em Caxias do Sul, vem do Governo Federal. Em junho também foi a inauguração da "ciclo faixa" da nossa cidade. Na perimetral norte, em domingos alternados, num local perigoso e sem infraestrutura adequada, o "empreendimento" é um perigo só. Felizmente até agora nenhuma tragédia aconteceu.

Parada Livre - Para os organizadores da Parada Livre de Caxias do Sul depois da 10ª edição vem a 12ª! Coincidentemente o mesmo número do candidato a prefeito Alceu Barbosa Velho e do partido que os organizadores são filiados e são CCs da prefeitura. O uso político do evento estava mais do que evidente.

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