Jantar na casa de Alceu teve sopa de letrinha no cardápio

Saiu na edição, que começou a circular nesse sábado, do jornal Gazeta de Caxias uma nota sobre uma janta, na casa do deputado Alceu Barbosa Velho (PDT), com a presença de figuras do alto escalão da prefeitura e de 19 partidos!!!! da base de “apoio” do prefeito Sartori (PMDB). Durante esse encontro, que teve até fala do atual prefeito, começou a ser alinhavado o que pode ser a dobradinha Alceu/Feldamann (que aqui no Polenta News já havíamos apontado ainda em novembro).

Do lado do PDT isso seria 100% da política. Como fieis escudeiros, durante 8 anos, de um governo, que horas era insonso, horas sofria de indefinições, horas tinha surtos de megalomania, Alceu sempre esteve ao lado do Sartori, principalmente como escudo nos momentos ruins. Isso seria, obviamente, uma retribuição pelos serviços prestados.

Do lado do PMDB dois movimentos. O primeiro é que cai por terra essa lorota do Sartori de só discutir sucessão depois da Festa da Uva. Há meses Feldmann é catapultado para qualquer coisa que gere uma boa manchete no Pioneiro. Segundo é que enterraram e jogaram sal em cima da candidatura do Mauro Pereira.

Sopa de letrinhas

Acho que não foi esse o cardápio mas a reunião de siglas sugeri isso e não com bom sentido. De todas os partidos citados na matéria do jornal metade deles tem alguma relevância na política caxiense, o restante são siglas de aluguel criadas, unicamente, em Caxias, para garantir um CC para alguém na prefeitura.

Mesmo assim alguns dos participantes sinalizam com candidaturas próprias o que pode gerar cismas nessa articulação.

Entre os partidos, com relevância política, e que teriam peso suficiente para conduzir a dobradinha da situação estariam: PMDB, PDT (protagonistas), PTB, PSB (afoito por cargos em qualquer governo), PPS (que uma vez já foi comunista), PSDB, PP e PR.

Estavam presentes mas tem projetos próprios: DEM que está com a candidatura de Milton Corlatti anunciada. No caso de abortarem ela e colocarem ele para vereador, talvez com uma aliança com o PSDB (seu parceiro preferencial) possa garantir um vereador para o partido. Há também o PRB de Renato Nunes que também anunciou voo solo. O PRB é um partido que não vai muito além do Renato, mas pelas suas declarações ele tem grande interesse de manter a candidatura ou participar, com representatividade em outra coligação.

A galera dos 30 segundos

Além disso vem uma enormidade de siglas completamente sem representação. Algumas criadas, claramente, para garantir cargos para seus dirigentes. São elas: PSD, PTC, PSDC, PRN (que teve seu auge ao eleger Collor presidente depois viu a decadência), PHS, PV (a versão caxiense é muito diferente do que a Marina Silva defendia), PSC, PTdoB (aquele que seu presidente mandou os funcionários da secretaria de transportes confeccionarem os adesivos do partido com material da prefeitura) e PRP (do Amarelinho – esse não precisa nem explicar).

Essa turma não tem voto, não tem estrutura mas tem uma coisa fundamental: 30 segundos (ou mais) de tempo no programa eleitoral de rádio e televisão. Essa receita já vimos nesse mandato. Depois de assegurar apoios inexpressivos, mas que garantiam tempo de TV e rádio, a prefeitura virou um grande loteamento de cargos com o aumento imenso de Cargos de Confiança para acomodar essa tropa toda.

Agora é esperar para ver os desdobramentos.

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