Você acha que as metalurgicas caxieneses estão demitindo por causa da crise? Tolinho

Marcopolo amplia investimento, no Espírito Santo
Dizem os manuais de administração de que em momentos de crise é que aparecem as oportunidades. As empresas caxienses parecem aplicar muito bem essa regra. Na verdade elas se aproveitam, e muito de crises reais ou fabricadas. 

Há uma semana que o Jornal Pioneiro, por exemplo, escreve páginas e páginas falando a crise, do desemprego, da miséria em nossa cidade. E o Pioneiro não é o único a dizer isso. Acontece que todos eles, por preguiça ou por conveniência, não tem observado a situação de forma mais ampla. O Polenta News que não é nem preguiçoso, nem conivente, encontrou publicações que desmentem a crise alardeada por duas grandes empresas caxienses. 

O primeiro exemplo é o da Marcopolo. Ela demitiu 250 trabalhadores em Caxias, mas, contratou e contratará 600 no Espírito Santo. Lá a empresa já investiu R$ 100 milhões em uma nova unidade e gastará outros R$ 100 milhões em 2015. A unidade, que funciona na cidade capixaba de São Mateus, produzirá de 700 a 800 veículos da linha Volare. 

Marcopolo em crise? Que nada. Os veículos produzidos nessa unidade serão vendidos para a América Latina e África. Esse mercado foi aberto com a forte presença da diplomacia brasileira nessas regiões. E tem gente que ainda acha que o canal era o Brasil baixar cabeça para os americanos. 

Mas tem mais. A unidade da Marcopolo no ES irá gerar outros R$ 500 milhões de investimentos de outras empresas que fabricarão as peças, que vinham do sul, ou seja, de Caxias do Sul! Serão 20 mil postos de trabalho. 

Outra empresa que desemprega em Caxias do Sul, para empregar em outras paragens é a Randon. Mesmo anunciando uma redução no faturamento a empresa não abre mão do investimento na fábrica de Araraquara (SP) que terá um investimento de R$ 500  milhões sendo que R$ 100 milhões já foram investidos. A Randon está gerando 2.000 empregos na cidade paulista. 

Não queremos dizer com isso que não há desemprego em Caxias do Sul, mas que a avaliação da situação deve ser feita de maneira mais ampla. Qual a razão do desemprego? Se Caxias for extremamente dependende de um setor produtivo e ele for atingido de alguma maneira todos perdem. A nossa cidade já teve uma economia mais pujante, mas há muitos anos se parou de investir em novos empreendimentos talvez para beneficiar os financiadores de alguns políticos eleitos. 


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