Tarso tem contas aprovadas por unanimidade pelo TCE

Um dia depois do procurador de contas do estado, Geraldo Da Camino, afirmar que existiam 43 irregularidades nas contas do governo Tarso (fato que foi amplamente divulgado pela imprensa), o Tribunal de Contas do Estado aprovou, por unanimidade, as contas do governador (fato que não mereceu tanto destaque pela imprensa).

A diferença entre o que o procurador escreveu e o tribunal decidiu é gritante.

O procurador fala em descaracterização da Lei Orçamentária, dispêndios públicos sem efetivo respaldo orçamentário e por aí vai.

O relator do processo, Algir Lorenzon, que teve o voto seguido por todos os conselheiros, entretanto afirmou: "Ele sacou bastante do Caixa Único? Sacou, é verdade! Mas ele aplicou mais do que qualquer outro, em qualquer período do estado do Rio Grande do Sul na Educação, na Saúde, no pagamento de precatórios, no reajuste de servidores públicos, no pagamento em dias destes servidores e na reposição de pessoal nas áreas da segurança, saúde e educação."

Em outro trecho ele complementa: "É um quadro ruim? É! Mas no ano passado era também, no governo passado também foi, no anterior também foi. Quando eu disse que estou examinando pelo vigésimo sexto ano consecutivo contas de governador, me recordo, pela memória que ainda tenho, de que o quadro também era ruim em 1990. "

Para finalizar o relatório afirmou que não haveria nenhuma suspeição contra o ex-governador: "Se o governador Tarso Genro tivesse agido com dolo, com ma fé, com atos de corrupção, com qualquer coisa desse tipo, nós estaríamos propondo o voto desfavorável. Mas nada disso ocorreu."

O relatório do TCE também nos mostra a discrepância entre as realidades financeiras do ultimo ano do governo Tarso e os seis primeiros meses do governo Sartori que colocou o estado num caos não pagando salários, não dando aumento para o funcionalismo e não pagando os fornecedores e os repasses para saúde aos municípios.

Parece que são dois estados diferentes. Um organizado que foi o que mais investiu em saúde e educação e outro calamitoso que atrasa tudo para todo mundo. Duas formas de gerenciar bem distintas.

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