Data Folha: Manifestante de domingo é homem, velho e rico

Não somos nós que estamos falando, é o Data Folha! A "elite branca" foi demonstrada pelos números da pesquisa feita pelo instituto no último domingo (16).

Foram ouvidos 1.335 participantes do protesto de São Paulo, ou seja, 1% das pessoas presentes (estatisticamente é um número gigantesco). Com base nisso se traçou um perfil das pessoas presentes. 
E os números não mentiram.
A essência dos manifestantes anti-Dilma é homem, velho e rico.
Os homens predominaram. Foram 61% do público, enquanto as mulheres eram 39%.
A maior parte dos presentes tinha mais de 51 anos (40%). As pessoas entre 36 a 50 anos eram 30%, ou seja, 70% dos presentes tinham mais de 36 anos, um público que é uma faixa etária totalmente contrária aos manifestantes de junho de 2013, por exemplo, que eram eminentemente jovens. A menor faixa era entre os 12 e 25 anos que representavam somente 11%. Outros 19% eram pessoas entre 26 a 35 anos.
No quesito renda as evidências de que se trata de um protesto da classe alta salta aos olhos. Do conjunto dos manifestantes, 42,44% recebem mais de R$ 7.881,00, ou seja, MAIS DE 10 SALÁRIO MÍNIMOS! Desse público 16% recebe mais de 20 salários mínimos. Não podemos chamar esse público de assalariado. Mas também havia o outro lado da pirâmide. Os que recebem até 2 salários mínimos eram 6,2%. Depois, progressivamente vem os que recebem de 2 a 3 salários mínimos (8,19%), de 3 a 5 (13,28$) e de 5 a 10 (25,09%).
Então, mesmo que seu colunista do grande jornal da capital que divide a página com as cruzadinhas diga o contrário, existe sim uma participação, desproporcional, em relação à sociedade, dos mais endinheirados nos protestos de domingo.
E não venham me dizer que eles estão preocupados com a parte de baixo da pirâmide. Com seus cartazes contra as políticas sociais só os mais ricos seriam privilegiados caso as suas pautas fossem aceitas. Normal já que todo o manifestante defende a sua classe.

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