Com pimenta, porrada e bomba e professor Sartori aprova aumento do ICMS


O governador José Ivo Sartori (PMDB) teve seu dia de Roberto Richa (PSDB), o governador tucano do Paraná que jogou a polícia sobre uma manifestação de professores deixando mais de 100 feridos.

O resultado da truculência polícial não foi tão grande como em Curitiba, mas deixou marcas profundas em muitos professores.

Tudo isso para que o governador descumprisse a única proposta de campanha dele, não aumentar impostos. Sartori conseguiu que a Assembleia aprovasse o aumento de impostos no dia de ontem (22). Foi um resultado apertado (27 a 26). Para conseguir esse resultado ele precisou exonerar dois secretário do PP, Ernani Polo e Pedro Westphalen, além de garantir, na última hora o voto de Jardel (que fazia muito pouca ideia de que estava fazendo lá).

Do lado de fora


Com a Assembleia Legislativa cercada há dois dias. Só entrava deputados e servidores do legislativo. Os demais servidores públicos ficaram do lado de fora, na chuva. Uma cautelar da bancada do PT, conseguiu uma liminar permitindo o acesso da população à Assembleia. O Tribunal de Justiça acatou a medida recomendando a abertura das portas até a capacidade máxima de lotação da casa. A medida foi descumprida pelo presidente Edson Brum (PMDB).

Do lado de fora um forte aparato policial, que também tiveram seus salários parcelados, impedia que os manifestantes se aproximasse, até que as grades caíram e os manifestantes se aproximaram da portas. O clima de tensão foi aumentando até que a pancadaria rolou e aí sobrou para todo mundo. Mulheres, homens apanharam igual. Alguns se protegiam com guarda-chuvas dos cassetetes dos policiais.

Aumento de impostos


O governo aumentou a alíquota básica de 17% para 18%. O imposto sobre a gasolina e o álcool aumentou de 25% para 30%. Nos refrigerantes o aumento foi de 18% para 20%. A energia elétrica residencial acima de 50KW subiu de 25% para 30%, o mesmo índice para a energia comercial.

Também foi criado um Fundo de Proteção e Amparo Social, com uma finalidade um pouco obscura ainda, com o reajuste de 2% no ICMS da cerveja, cigarros, perfumes e tv por assinatura.

A expectativa do governo é arrecadar R$ 1,9 bilhões em 2016, insuficiente para cobrir o rombo do caixa que o próprio governo afirma ter.

Veja abaixo como votou cada deputado:


CONTRA O AUMENTO DE IMPOSTOS:
Adão Villaverde (PT)
Adolfo Brito (PP)
Aloísio Classmann (PTB)
Altemir Tortelli (PT)
Any Ortiz (PPS)
Bombeiro Bianchini (PPL)
Edegar Pretto (PT)
Frederico Antunes (PP)
Jeferson Fernandes (PT)
Jorge Pozzobom (PSDB)
Juliano Roso (PCdoB)
Junior Piaia (PCdoB) - Substituiu Manuela D'Avila
Luis Augusto Lara (PTB)
Luiz Mainardi (PT)
Marcelo Moaraes (PTB)
Maurício Dziedricki (PTB)
Miriam Marroni (PT)
Nelsinho Metalurgico (PT)
Pedro Ruas (PSOL)
Ronaldo Santini (PTB)
Sérgio Turra (PP)
Silvana Covatti (PP)
Stela Farias (PT)
Tarcísio Zimmermann (PT)
Valdeci Oliveira (PT)


VOTARAM A FAVOR DO AUMENTO DE IMPOSTOS
Adilso Troca (PSDB)
Alexandre Postal (PMDB)
Álvaro Boesio (PMDB)
Catarina Paladini (PSB)
Ciro Simoni (PDT)
Dr. Basegio (PDT)
Elton Weber (PSB)
Enio Bacci (PDT)
Ernani Polo (PP)
Eudardo Loureiro (PDT)
Gabriel Souza (PMDB)
Gilberto Capoani (PMDB)
Gilmar Sossella (PDT)
Ibsen Pinheiro (PMDB)
João Fischer (PP)
João Reinelli (PV)
Juliana Brizola (PDT)
Liziane Bayer (PSB)
Mário Jardel (PSD)
Marlon Santos (PDT)
Missionário Volnei (PR)
Pedro Pereira (PSDB)
Pedro Westphalen (PP)
Regina Fortunati (PDT)
Tiago Simon (PMDB)
Vilmar Zanchin (PMDB)
Zilá Breitenbach (PSDB)

NÃO VOTARAM:
Edson Brum (PMDB) - Só vota em caso de empate
Sérgio Peres (PRB) - Ausente

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