Prefeitura não tem licença para auferir hidrômetros, assedia moralmente servidores e acusa vereador de dar carteiraço

Os vereadores Denise Pessoa e Rodrigo Beltrão do PT denunciaram irregularidades no Samae, especificamente no setor de hidrometria, que é responsável pela calibragem dos hidrômetros residenciais. Os vereadores visitaram a autarquia para fiscalizar esse serviço e verificaram que as bancadas não tem inspeção do Inmetro pelo menos desde 2001. Os parlamentares vêm recebendo diversas denúncias de cobranças excessivas na conta de água e por isso fizeram a visita no setor. 

O Samae admitiu que não faz a verificação dos hidrômetros novos, mas somente nos substituídos, o que causa estranheza. Afirma que a empresa que fornece os hidrômetros é que seria responsável pela aferição nos aparelhos novos. Outra irregularidade é que o responsável pela bancada onde esse serviço é prestado, não tem capacidade técnica para essa função, é um agente administrativo, quando deveria ser um engenheiro ou servidor capacitado para tal função. Portanto, o Samae, além de não ter a devida licença, presta um serviço de "faz de conta" de auferimento dos hidrômetros substituídos, totalmente irregular e sem credibilidade. Essa irregularidade pode estar causando prejuízos aos contribuintes ou ao próprio município, pois a calibragem incorreta dos hidrômetros pode gerar danos.

Essa situação precisa urgentemente ser solucionada. A bancada de vereadores de situação e o próprio Diretor Presidente do Samae, Elói Frizzo, atacaram os vereadores oposicionistas, afirmando que os vereadores haviam "dado um carteiraço para entrar nas dependências do Samae e fiscalizar o setor. Ora, os parlamentares só estavam exercendo uma de suas principais funções, que é fiscalizar "in loco" os serviços públicos prestado aos munícipes. Não bastasse isso, Elói Frizzo solicitou os nomes, publicamente, dos servidores que receberam os vereadores, num ato nitidamente ameaçador que configura assédio moral.

Os vereadores solicitaram que os servidores da autarquia sejam ouvidos na Comissão de Direitos Humanos da Câmara em decorrência de suposto assedio moral que vêm sofrendo.

Mais um episódio lamentável do Samae e seu Diretor Presidente que recentemente comprou, com dinheiro público, veículo de luxo (Pajero) desnecessário, sem motivação. Ficou sem saber o que fazer com o veículo  e alocou para o Prefeito Alceu Barbosa que ficou numa "saia justa" tendo que se explicar perante a população.

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